segunda-feira, 17 de janeiro de 2011




"Eu tenho saudades que são saudades de elefantes
Essas saudades são bem grandes, gordas, cinzas, empacadas.
Chegam e teimam em não partir.
Algumas vezes, meus elefantes, vem sozinhos, noutras chegam aos montes, uma "elefantéia de saudades".
Entram gordos, arrombando portas, sentam bem no meio da casa.
Gosto dos meus elefantes.
Não reclamam, não gritam, nem desesperam, apenas surgem e ocupam um espaço imenso.
Ficam lá, tranquilos, denunciando faltas, apontando ausências com suas trombas esquisitas.
A única coisa possível a fazer é dizer aos donos dos meus elefantes
Tenho uma saudade elefante de você.
Então eles partem, para outro dia retornar
Lembram sempre, meus gordinhos, que afeto não foi feito para economizar.
Que amor elefante a gente tem que comunicar.
Minhas saudades elefantes tem o tamanho dos meus amores.
Meus elefantes são imensos!
É que não sei amar pequenininho."

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