domingo, 31 de julho de 2011



Tanta coisa acontece com a gente. Tanta gente passa pela gente, mas tão pouca gente realmente fica.



Dizem que é irmão, mas são filho-da-puta.

Se soubesse como te quero feliz, arrancaria toda a sua dor e colocaria em mim, sério Zé.

.. Dirão, em som, as coisas que, calados, no silêncio dos olhos confessamos?

sábado, 30 de julho de 2011

Ela me aperta como sempre, até que algum ossinho da minha coluna estale, 
e me diz, como sempre também:
 Que é que você tem que eu sempre largo tudo e venho te ver?
 quer coisa melhor do que poder ficar quieto ao lado de alguém, sem que nenhum dos dois se atrapalhe com isso? 




Pede mais um trago, acende um cigarro e fica um pouco mais. Teu relógio tá louco, espera mais um pouco… Agora tanto faz!



Deixa eu te ajudar, moço? Basta abrir algum espaço na tua vida tão conturbada, que eu entro. Entro e prometo te fazer feliz todos os dias. Aceitar-te como és, e em momento algum abandonar-te. Basta querer, que eu entro. Prometo nunca te soltar. Basta querer. Deixa?
Se é assim quero sim, acho que vim pra te ver. 

terça-feira, 26 de julho de 2011


"Eu olho para você e tenho tanta, mas tanta alegria em saber que você existe."




Eu senti um amor imenso. Por tudo, sem pedir nada em troca. 




De longe,
Te sinto.
Te sei.


Quando  a  gente  gosta,  a  gente  começa  emprestando  um  livro,  depois  um  casaco,  um  guarda-chuva ,  até  que  somos  mais  emprestados  do  que  devolvidos.  Gostar  é  não  devolver,  é  se  endividar de  lembranças.



Eu quis ele por uma aventura, uma risada, uma distração. Depois quis o colo dele para sempre.



Não é fácil, muitas vezes eu me sinto sufocar de saudade, de vontade de estar perto.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

 Tomando porres e porres de saudade.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

terça-feira, 19 de julho de 2011

sábado, 16 de julho de 2011

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Ela arregalava os olhos e apertava a mão dele com mais força. Ele achava graça dos sustos que ela levava no meio do filme. Entre um e outro, ela pedia a manteiga de cacau emprestada e olhava para ele sorrindo. Ele, cúmplice, sorria de volta feito menino, era a sua vez de apertar a mão dela.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que por admiração se estava de boca entreaberta:eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles.Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles.Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque – a sede é a graça,mas as águas são uma beleza de escuras – e ao toque brilhava o brilho da água deles,a boca ficando um pouco mais seca de admiração.Como eles admiravam estarem juntos! Até que tudo se transformou em não.Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles.Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas.Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto.No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas,e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso.Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos.Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham.Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram.Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca,e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca,o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais distraídos.


terça-feira, 5 de julho de 2011


Tinha vontade de vomitar, e não vomitava.
Vontade de gritar e não gritava. Gentil, amável, tolerante e sem sexo.Algum cigarro, nenhum ombro, alguma insônia, nenhum toque, um último acorde de violino, e depois o sono, e depois?

segunda-feira, 4 de julho de 2011



Na minha casa se dizia eu te amo o tempo todo: Mãe, 
me acorda às seis, te amo. Saí pra comprar pão, amo vocês. Desculpa por ter sido grossa, e obrigada por me amarem mesmo assim. O amor estava nas brigas, nas cócegas, nas cantorias na cozinha e em todos os outros espaços da casa. É tão natural que eu saia por aí espalhando amor, dizendo amor, escrevendo e sorrindo amor.Não sei ser contida e pensar mil vezes antes de dizer que gosto de alguém. Até consigo, mas o amor fica querendo sair por cada poro do meu corpo, tornando uma luta desagradável, essa de não dizer.Não era para ser desse jeito.As pessoas não deviam entrar em pânico e sumir ao ouvir que outras se importam, muito pelo contrário: deviam deixá-las mostrar o que são capazes de fazer pra dividir esse carinho.