sexta-feira, 5 de novembro de 2010



"Não, meus impulsos destrutivos, na sua maioria são colocados fora.
Não tenho vocação para o masoquismo, talvez por isso dificilmente me lamente.
Entre dentro e fora, dirijo a agressividade quase sempre para o lado de lá.
Em algumas situações, no entanto, é absolutamente necessário se destruir. E ai eu o faço, sem pudores. Sem lamurias.
Deve ser herança do signo. Escorpião. O escorpião que leva sua vida em silêncio, solitário, quieto nas profundezas. Que circula na escuridão e não teme a morte. E que, essencialmente, de forma impressionante, escolhe a morte quando encurralado. Injeta em si mesmo o veneno que dispensa aos outros. Por uma questão de honra, talvez. Como saber?
Impossível sondar os mistérios de um escorpião.
Que ama com intensidade e não teme a destruição."

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